"... esta é a última oração, pra salvar seu coração
coração não é tão simples quanto pensa
nele cabe o que não cabe na dispensa
cabe o meu amor
cabem 3 vidas inteiras
cabe uma penteadeira
cabe nós dois..."

domingo, 25 de julho de 2010

Abrindo o coração

Há um pouco mais de um ano, perdi meu pai. Tínhamos nossos conflitos e diferenças, mas era meu pai e eu o amei (e ainda amo) muito por toda a vida. Como o sonho de casar é latente, após seu desencarne, me coloquei a pensar quem me conduziria ao meu marido, durante a cerimônia de casamento. Então pensei, vovô está velhinho, mas é meu pai também, me criou e em muitos momentos (muitos mesmo) de minha vida ele foi meu único pai.
Ontem, descobri um segredo da vovó e do vovô. Há exatamente 14 dias, meu avô materno, amado e admirado desencarnou, deixando uma saudade imensa e uma família formada na maioria por mulheres: esposa, duas filhas, um genro, duas netas, um neto (marido da neta!), um bisneto e duas bisnetas. Entre uma conversa e outra na cozinha, daquelas de final de tarde com cafezinho e cream cracker, vovó chorosa me disse: "ele morreu sentindo por não ter visto nenhuma filha se casar".
Posso explicar. Minha mãe e minha tia, apesar de serem de gerações passadas, foram avançadinhas e apenas "juntaram os trapos" como se diz. Não casaram de fato com igreja, veú e grinalda. Senti, naquele momento, após esta declaração, uma vontade imensa de, por homenagem ao meu velho, casar-me.
E assim será.

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